terça-feira, 13 de maio de 2014

A flor do entulho!

Bearded drag queen Conchita Wurst Wins Eurovision 2014

Esta mania de aprender, raciocinar e tentar entender sobre o que me rodeia é uma doença da qual só me livrarei quando passar de estado.
Vejo muito pouco televisão particularmente os campeonatos e festivais das escolhas, com votos telefónicos e por aí fora, envolvidos em grandes produções de marketing que, segundo a minha óptica, a sua maioria são de qualidade cultural muito duvidosa.
Recuso assistir a espectáculos dessa natureza mas depois quando sou aguilhoado para o menos espectável, não consigo desviar a matéria para a borda do prato.
Uma coisa é ganhar-se uma corrida de velocidade, passar num exame de conhecimento, marcar mais pontos à equipa adversária onde o resultado é um facto concreto, outra é a ficar-se dependente do "gosto" e da escolha de outros.
A sensibilidade pessoal é algo subjectivo muito relacionado com a tendência ou modernidade, mas principalmente, porque peca duma enorme influencia da propaganda e da imagem que pretendem passar.
Digamos que a componente emocional provocada nas pessoas pela publicidade consegue fazer vender um produto até de péssima qualidade. Basta equilibrar a imagem com uma mensagem e "voilá", temos negócio!
Também não tenho nada contra nem a favor  com a opção de vida que cada um escolhe ou protagoniza.
Por isso esta tese não envolve os seus protagonistas mas, ao contrário, versa uma preocupação pessoal antiga e múltiplas vezes interrogada em vários escritos, sobre os reais valores que determinam as escolhas dos cidadãos desta Europa tão falida de valores, convicções e politicamente pouco clara do seu futuro social e humano.
É arrepiante como as votações sobre qualquer coisa se baseiam notoriamente na aparência, na imagem, na quase obrigatória "diferença" dos escolhidos como se, o que está em causa é a embalagem e não o conteúdo.
Hoje esta forma e envolvência das pessoas nas escolhas que são forçadas a fazer, colocam legitimas duvidas sobre o resultado final das tais "maiorias", tanto na politica como no festival da Eurovisão, onde a qualidade dos eleitos partidários fica muito aquém das expectativas criadas ao povo, tal qual a qualidade da canção ganhadora deste ano é objectivamente inferior a outras concorrentes.
Como disse, nada me move sobre o aspecto, ou até mesmo a luta pessoal do cantante, mas tão somente que foi claramente o seu aspecto aberro que cativou quem nele votou porque a música era mais uma de tantas banais que todos os dias são produzidas aos milhares, sem espanto ou qualidade superior.
Tanto na politica como na cultura, a Europa caminha a passos largos para a falência de valores de qualidade optando antes pela aparência exterior do produto!
E assim iremos continuar nesta modernidade de impingirem-se produtos, políticos, artistas de péssima qualidade!!!